quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Lição dos Dois Pássaros

Em uma feira livre havia um vendedor que comercializava em sua barraca pássaros dos mais variados tipos. Em uma das gaiolas dividiam o mesmo espaço dois canários. Um deles cantava o tempo todo em cima do seu puleiro chamando a atenção dos transeuntes, enquanto o outro só ficava deitado de barriga para cima.

Um homem que passava pela barraca foi atraído pelo canto daquela pequena ave e perguntou ao vendedor:
– Quanto é que o senhor quer por esse passarinho cantor?
– Esse aí é R$ 200 – respondeu o vendedor.
– Tá muito caro. Mas o canto é tão bonito. Ele não para de cantar e vai embelezar o meu escritório. Então tá, vou comprá-lo – disse o homem, já desembolsando o dinheiro.
– Mas tem uma coisa: eu só vendo junto com o outro que está na gaiola.

Não separo os dois de jeito nenhum – disparou o vendedor.
O homem olhou o outro pássaro que estava lá, deitado de barriga para cima, sem nenhum atrativo e indagou:
– E quanto é o preço do outro?
– O outro é R$ 800.
– Ah, espera aí, o outro fica só deitado de barriga pra cima enquanto esse aí canta. Por que é tão mais caro?
– Aquele ali tá cantando, mas esse que está deitado é que é o compositor. Ele é que faz o outro cantar. Ou seja, um sem o outro não é nada – explicou.

Essa história deixa a seguinte lição: nenhum grande trabalho é feito somente por uma pessoa. O próprio Senhor Jesus, quando veio ao mundo, teve o caminho preparado por João Batista. Os discípulos andavam sempre de dois em dois.

Não há prazer quando se faz um trabalho sozinho. Deus, por exemplo, existe na Sua Santíssima Trindade. Portanto, o trabalho isolado daqueles que querem fazer as coisas individualmente representa muito mais a carne e a vaidade.

É preciso realizar nossas obras sempre em união, tal como foi mostrado na história: o canário que cantava não era mais importante que o outro que ficava lá embaixo, compondo, pois um dependia do outro.

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